sábado, 16 de fevereiro de 2008
O Brasil que a gente quer (sem clichês) - Parte 1
Para este post, vários temas vieram em minha mente. Planos pra 2008, Brasil, simulações e etc. E foi nesse mundo de temas que achei um que envolve, de uma maneira ou de outra, todos esses assuntos.
Sempre fui um grande nacionalista, daqueles que acredita no país mesmo, e analisando a situação do nosso querido Brasil, resolvi ver seus problemas de uma perspectiva não diferente, mas realista.
Basta ir para as ruas e perguntar, "O que tem que melhorar no Brasil?", que a resposta vem em tom de clichê, assim como a pergunta, "Os políticos". Obviamente que a coisa não anda boa no senadado, palácio do planalto e outros orgãos do governo, mas é aí que surge outra pergunta que, para mim, é muito mais importante do que as tradicionais "o que falta pro Brasil": "Por que os cidadãos, vendo a situação na qual se encontra a política nacional, não tomam atitudes para reverter esse quadro corrupto?".
O problema é crônico e vem se repetindo há muito tempo. Os brasileiros simplesmente não se importam com o Brasil. Falar que o país está mal, todos falam, mas agir para melhora-lo, ninguém faz. Por pensar que não lhes compete, ou por achar que não tem jeito mais, a verdade é que há muito tempo ninguém tem o interesse de mudar a situação na qual nos encontramos.
Desde 1992, quando Fernando Collor de Melo perdeu, por impeachment, a presidencia do país, que não temos grandes movivmentos de caráter nacionalista para mudar alguma coisa. O que temos é um grande "blá blá blá" que todo brasileiro pronuncia quando fala de seu país. A geração que sucedeu os "cara pintada" nada fez para melhorar, só falou. Não agiu. A geração que entra agora me assuta mais ainda, pois não vejo nos jovens de hoje a vontade nacionalista de se viver em um país bom e desenvolvido, mais uma vez, temos um exemplo do tal problema crônico que citei anteriormente.
Muitas pessoas que conheço não querem fazer nada, e é aí que a coisa complica mais ainda. Não querer que seu país melhore é deplorável, um péssimo sentimento. Ao contrário de nós, nossos vizinhos, os argentinos, deram exemplo de que estão interessados e vão agir para mudar seu país.
Durante a última crise argentina, em meados de 2000, a população fez protestos diarios na Plaza de Mayo, praça que abriga a casa rosada, pedindo reformas, fazendo o famoso panelaço. Eles queriam alguma coisa diferente, e agiram pra isso. Tanto que Fernando de la Rúa, presidente argentindo na época, renunciou ao cargo de chefe de Estado.
O Brasil tem sim que mudar, mas não podemos acreditar na utopia de que se reclamarmos mais, um dia melhora. Não, não adianta. A cada escandalo de corrupção esquecido pela massa, o país perde uma oportunidade para melhorar. Não porque os políticos não fazem nada, mas porque nós não queremos que eles façam. Não basta criar uma bandeira. É preciso que uma nação queira segui-la.
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