"discurso a ser feito na cerimônia de encerramento da SINED (simulação do INED)"
A minha trajetória no mundo das simulações das nações unidas começa em 2007, quando eu descobri uma proposta arrojada de alguns alunos da universidade de Brasília que se chama SiNUS. Me interessei pelo projeto, e fui procurar se havia, no Brasil, outros projetos parecidos. E acabei me deparando com um mundo de simulações de todos os tipos.
Entusiasmado com a idéia, até porque é isso que pretendo fazer na minha vida profissional, eu quis, na época, falar com o colégio, juntar uma delegação, e ir pra Brasília simular. Esse plano, infelizmente, não se concretizou por razões que, no momento, não se faz necessário lembrar.
A sorte é que minha intenção de simular foi mais forte do que isso, e eu queria por que queria simular naquele ano. Foi então que conheci o Mini-Onu. Projeto realizado pela PUC-MG que tinha a mesma ideologia da SiNUS, e resolvi que naquele, eu iria, com ou sem apoio do colégio.
Juntamos um delegação de herois, e digo herios pois não é fácil abidicar horas e horas de tempo livre para estudar e, depois, abidicar de um feriado para participar de um evento destes, sem o total apoio da instituição de ensino, e da diretoria vigente naquela época, e fomos para o tal de Mini-Onu.
Lá, a sensação de dever cumprido, só de estar participando, era tão grande, que eu fiquei sem palavras pra descrever o que foram queles quatro dias. Foi então que decidimos trazer este projeto grandioso, não só em estrutura, mas também em aprendizado, para o Colégio INED Lagoa da Pampulha.
No começo, não vislumbramos nada tão gratificante quanto o que foram estes últimos dias. Presidir a mesa, participar das discursões foi tão bom, que os senhores não imaginam.
Então, eu gostaria, antes de tudo, dizer obrigado a todos vocês. Que fizeram um sonho meu, e de toda nossa delegação croata do Mini-Onu, se realizar. Muito obrigado a todos vocês!
Quando eu era criança, minha primeira impressão do Brasil, foi de um grupo de estudantes andando pela rua de cara pintada. Foi o movimento dos cara pintada em 1992 . Eu pensei, esses brasileiros são loucos, eles são loucos. Eu pensei, o que esse país pode fazer o que esse povo pode fazer quando se determinam é incrível. Acho que foi Leonel Brizola que disse no pós collor: “Estou pensando em criar um vergonhódromo para políticos sem-vergonha, que ao verem a chance de chegar ao poder esquecem os compromissos com o povo.”. Bem, ele não disse isso porque estava na cabeça de todo mundo, mas porque era a coisa certa a se fazer. É o que estamos pedindo agora, Presidente Lula, Ministra chefe da casa civíl, Dilma Ruseff e todos os outros lideres governamentais. Estamos pedindo a eles que façam algo extraordinário, não pintarem a cara, mas mudarem totalmente esse país. Temos a conciencia de que podemos mudar essa situação na qual o país se encontra e nós podemos fazer isso se tivermos a determinação. E eu acredito que nós temos a determinação.
Outros, há o movimento do direito civil, o fim da ditadura, outros falavam do Collor. Isso tem a ver com essa geração, é o que depende de nós. São as nossas caras pintadas. Nós acabaremos com a corrupção no país, e leva-lo para um panorama otimista. É o que nos cabe fazer.
E eu acredito que não é uma aventura impossível. Acredito que, em 10 anos, lembrarei deste momento, e direi que houve pessoas em certa época, que disseram: “Não é normal familias inteiras morrerem de fome, enquanto os políticos estão por aí, roubando em pleno século XIX, isso não é aceitável mais”. E eu sei que vocês sabem disso, mas eu quero que vocês digam isso ao Presidente Lula, à ministra chefe da casa civil, e todos os políticos que virem.
E o que vocês fizeram hoje, acreditem, foi dar um grande passo para mudar a situação do Brasil. Vocês simularam orgãos internacionais que podem mudar o modo de pensar e agir, diante de uma certa situação.
Quero que vocês pensem nessa simulação, não como mais um modelo das nações unidas, mas sim como o primeiro passo para um país melhor.
Então, estamos procurando por brasileiros que se unam a essa campanha. Não estamos procurando seu dinheiro. Estamos procurando sua voz.
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