terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Gosto pela leitura vs. Terror da obrigação!

É sempre assim. Vejo um livro na livraria, internet e etc, e, dependendo do título e a história, a vontade de comprar é tão grande que eu não resisto, e acabo comprando. O problema é que o número de livros lidos não é igual ao número de livros comprados. Aí que começa um grande problema, aliás, pecado. A preguiça.
Na minha lista, de "O Segredo das Grandes Marcas", de Patrick Hanlon, à "Tingo-O incrível almanaque das palavras que a gente não tem", de Adam Jacot De Boinodb, os livros, para quem lê a sinopse, são uma tentação, mas na minha prateleira os títulos vão se acumulando com uma rapidez incrível.
Mas o que fazer para deixar a preguiça de lado, e começar a encarar, novamente, a grande torre que está aqui do meu lado? Dizem por aí que é só começar a primeira página para que a emoção de entrar num mundo novo vai tomar conta de você e quando menos perceber, o livro já foi desbravado. Não acredito muito nisso. Acho que a vontade tem que vir, e aí sim, você consegue, se me permitem a hipocrisia, "vencer" o livro. Então entramos num grande, e antigo, questionamento meu, sobre as obras que nos são passadas, na escola, de forma obrigatória.
A situação é bem simples, e corriqueira em salas de ensino fundamental, e médio, de todo o Brasil. A escola, numa tentativa de despertar o hábito de leitura de seus alunos, obriga os mesmos a lerem obras que, para muitos, é ultrapassada, e antiquada.
Isso, ao invés de incentivar o aluno, faz com que o jovem tome, digamos, raiva pela leitura e, no futuro, antipatia, desprezando, assim, uma obra de arte da literatura.
Lembro-me bem, de uma professora de história, Magna (Grande professora, na minha opinião), que passou um livro para que minha turma, na época na oitava serie, lesse. "Um salto para a vida", de Célia Valente, se não me engano, e logo começou aquele tumulto na sala. Protestos, criticas, e até alguns xingamentos abafados pelo rebuliço da classe, fizeram com que a "fessora" insistisse com o livro, por raiva, e aumentasse o valor da prova, de cinco, para sete pontos.
Pois bem, alguns falaram que, para eles, nada adiantaria, uma vez que o resumo estaria disponível na internet mesmo, outros, mais conformados, proferiam discursos apaziguadores, daqueles, tipo: "ah, pessoal, leiam, vai que é legal".
O fato é que, fazendo parte dos conformados, aluguei o livro na biblioteca, e comecei a lê-lo. As primeiras páginas foram bem tranqüilas e me despertaram a curiosidade. Ela tocou num ponto que eu simplesmente amo. A segunda guerra (vale lembrar que amo no sentido de gostar de estudar, e não por causa dos massacres racistas e covardes). O livro foi se desenvolvendo de uma maneira que eu não esperava que fosse, e logo me peguei vidrado na obra.
Terminei o livro em alguns dias, e foi então que eu percebi valeu a pena ter lido, mas fiquei pensando, também, nos colegas que, por raiva, não leram, e perderam a oportunidade de saber uma história linda. Aquele velho problema de se obrigar a ler alguma coisa.
Gostaria de finalizar esse post com alguma sugestão para o corpo docente de várias escolas do país para incentivarem a leitura, mas, infelizmente, não tenho. Não se ensina ninguém a gostar de ler, a pessoa tem que se descobrir. Tem que achar o estilo que a pessoa mais se identifica, e aí sim, ela vai descobrir o maravilhoso mundo dos livros.

Um comentário:

camila disse...

Realmente ..... não se faz uma pessoa gostar de ler, é espontâneo ....
Quando descobrimos nosso estilo literário acaba a "birra" e é so curtir o maravilhoso mundo que ele pode nos proporcionar ;)
bjaum
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